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Abordagem |
Caracterizo o meu trabalho como experiencial e focado na emoções.
O foco na experiência quer dizer perceber as coisas de uma forma vivida, presente e no corpo. O experiencial é uma dimensão que está sempre presente. Vou dar um exemplo: pense agora sobre um problema que tem.
Se reparar bem pode notar que dá uma vaga sensação física, talvez uma sensação na barriga ou tensão na garganta, um certo desconforto. Isto é a dimensão experiencial. É uma sensação única que sente cada vez que pensa no seu problema.
Quando lê este texto também existe esta dimensão experiencial, há uma sensação vaga de gostar ou não gostar enquanto está a ler. Não é um entendimento racional ou intelectual das coisas, mas um saber corporal sobre as coisas.
Para aceder a isto trabalho muitas vezes com focagem, role-play, imagética, ou peço para fazer coisas diferentes na vida real, experiências, para perceber melhor como se sente.
O que também faz parte do experiencial é como vive e sente a interacção comigo de momento a momento . É uma espécie de laboratório interpessoal, em que se exploram as suas reacções emocionais.
Também posso partilhar as minhas próprias reacções em relação a si e o impacto que pode ter nos outros, para identificar padrões inconscientes de como age e pensa.
Por outro lado, quando alguém procura a ajuda de um psicólogo, é porque não se sente bem, porque sofre. Isto quer dizer que é um problema emocional por definição. Podemos sentir-nos mal porque não conseguimos esquecer ou perdoar certos acontecimentos.
Porque não sentimos e estamos desligados de (partes de) nós próprios. Porque somos muito críticos de nos próprios. Porque temos reacções emocionais fortes que não percebemos de onde vêm ou sentimo-nos mal sem perceber porquê.
Podemos sentir-nos sempre tristes, zangados, sem vontade ou com medo. As emoções dizem-nos quando e como não nos sentimos bem, as emoções têm informações importantes, têm sabedoria.
Por isso focalizo muitas vezes no que as pessoas sentem sobre as coisas.
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